Quem acompanha este blog, sabe que notícias sobre combustíveis alternativos, sempre ganharam destaque. Sejam os híbridos, elétricos, bi-combustíveis, GNV, à hidrogênio ou os promissores carros à ar comprimido. O grande problema sempre esteve na quebra dos paradigmas, principalmente daqueles que nos remetem à praticidade e conveniência. Para entender melhor, selecionei esta matéria do Jornalista Rafael Corrêa, publicada na revista Veja, a seguir.
INVESTIMENTO HUMANO
Num mundo cada vez mais preocupado com o aquecimento global e o preço do petróleo, há muito se anunciam os carros elétricos como a melhor opção para substituir a frota movida a combustíveis fósseis. Por enquanto, porém, há poucos deles rodando no mundo, em caráter experimental. O israelense Shai Agassi, cuja carreira de empreendedor está ligada à alta tecnologia do Vale do Silício, acha que pode mudar essa situação. Ele parte do princípio de que o grande empecilho à popularização dos carros elétricos é a falta de uma infra-estrutura que permita recarregar baterias com a mesma facilidade com que se enche um tanque de gasolina. Amparado nessa premissa, Agassi elaborou um projeto ambicioso para disseminar o uso de veículos elétricos e correu o mundo em busca de parceiros para colocá-lo em prática.
INVESTIMENTO FINANCEIRO
Depois de muitas reuniões com empresários e autoridades, conseguiu o apoio do governo de Israel e do conglomerado automotivo Renault-Nissan. Por fim, obteve um financiamento de 200 milhões de dólares de um grupo de investidores liderados pelo magnata israelense Idan Ofer, que fez fortuna nas áreas de transporte e refino de petróleo. Estava fechado o círculo virtuoso que agora permite a Agassi tocar seu projeto de desafiar a estrutura global montada em torno dos veículos a gasolina. Se seu plano vingar, em três anos haverá 100.000 veículos movidos a baterias rodando nas ruas e estradas israelenses. “Estamos em conversações com outros governos para desenvolver projetos semelhantes”, informou Agassi a Veja. “Não podemos deixar para as futuras gerações um mundo dependente do petróleo”, disse.
O projeto começa por driblar um dos maiores obstáculos dos carros elétricos atuais: a falta de autonomia. A maior parte dos modelos existentes não consegue rodar mais de 100 quilômetros sem ter de parar para recarregar. O plano de Agassi prevê a instalação de uma ampla rede de 500.000 pontos de recarga e 200 postos de troca de baterias nas ruas e estradas de Israel. Assim, os motoristas não correm o risco de ficar pelo caminho porque a energia das baterias acabou. A implementação dessa rede de distribuição de eletricidade ficará a cargo da empresa criada por Agassi especialmente para isso, a Better Place (em inglês, lugar melhor), uma referência à meta de criar um mundo mais verde. O presidente da Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn, compromete-se a produzir um modelo capaz de rodar 160 quilômetros sem precisar de recarga. É uma autonomia ideal para Israel, um país pequeno onde as principais cidades ficam a menos de 150 quilômetros de distância entre si. Graças a incentivos fiscais do governo israelense, o carro verde da Renault-Nissan custará bem mais barato do que os modelos a gasolina hoje vendidos no país. O imposto para carros elétricos será de 10%, enquanto um automóvel convencional é taxado em 79%. Para recarregar o veículo, o dono do carro assina com a Better Place um contrato de prestação de serviços semelhante ao das operadoras de telefonia celular. Ele paga uma taxa mensal à empresa e, em troca, tem direito a cargas elétricas suficientes para rodar uma determinada quantidade de quilômetros por mês. Se precisar rodar mais, paga pelo excedente. O projeto de Agassi cai como uma luva para Israel porque permite diminuir sua dependência do petróleo. Como se sabe, o país mantém relações nada amistosas com as nações muçulmanas, maiores produtoras de petróleo.
SONHO VIRANDO REALIDADE
Por enquanto, a Renault-Nissan apresentou somente um protótipo de carro elétrico, que andou pelas ruas de Jerusalém há um mês. O desenvolvimento de um veículo movido a baterias, com autonomia de 160 quilômetros e que ofereça um desempenho semelhante ao dos modelos convencionais é um dos grandes empecilhos à concretização do projeto de Agassi. A Renault-Nissan ainda está atrás dos outros fabricantes no desenvolvimento de veículos verdes e precisa entregar os primeiros modelos para testes no fim deste ano. A tecnologia necessária para desenvolver baterias é um capítulo à parte. A indústria automobilística investe em diferentes frentes de pesquisa, mas ainda não sabe como produzir baterias com grande capacidade de armazenamento e preço baixo. De qualquer maneira, Agassi, que começou a elaborar seu sonho do carro elétrico quando participou do encontro de jovens líderes no fórum de Davos, em 2006, tem muitos motivos para se animar. Idan Ofer, o maior investidor do projeto, acredita que ele está no caminho certo e vê potencial para a criação de iniciativas semelhantes em mercados emergentes, como a China. Com seu plano de popularizar o carro elétrico, Agassi pode se tornar o Henry Ford do século XXI.
Até o presidente francês foi ver de perto o protótipo elétrico do Renault Megane, que foi apresentado em Jerusalém:
Fonte: Revista Veja e G1
Não adianta nada o carro ser elétrico se essa eletricidade vem de fontes poluentes ou de outra forma muito danosa ao meio-ambiente. Isso é demagogia, vâo gerar energia para carregar as bateria a partir de qual fonte; Carvão, urânio, hidroelétrica, óleo Diesel… Mais um êngodo. Prestem atenção.
Se a energia for gerada a partir de usinas hidrelétricas, que não queima combustíveis fósseis, a proposta é válida.
Usinas hidreletricas apesar de emitir metano, que aquece o planeta 20x mais que o carbono, ainda são uma alternativa viavel, pois futuramente os carros eletricos serão muito mais eficientes que os atuais, e existem muitas outras fontes alternativas de energia
Pessoas que criticam este projeto só podem estar com medo de perder seus carros a gosolina e perder dinheiro ao ver que seu carro está por fora. Tanto faz o metodo de alimentar o carro por energia, o que importa é que eu vou esperar esses carros entrar em linha pra comprar um….
Sinto questionar… mas que governo ou governante teria a coragem de aplicar isto em seu país? Agora explico o porquê de não terem coragem: faliria a indústria do petróleo (Petrobrás), demitiria milhares ou até milhões de pessoas. E o tal governante (presidente) que fizesse isso seria morto ou jamais reeleito.
nao entendo porque o carro a ar nao foi bem visto pela sociedade (pequena sociedade), haja visto que o carro eletrico tambem traz o mesmo problema citado pelos criticos, ou seja, ele tambem precisa de eletricidade para se recarregar, agredindo assim o meio ambiente, fator esse que serviu de negatividade para o carro movido a ar. se compararmos os dois notores (eletrico e a ar) notaremos que o motor a ar supera sua positivaçao em relaçao ao motor eletrico, pois o mesmo nao nescessita de baterias para se movimentar e nao teriamos de ficar procurando lugar para jogar fora as baterias ja desgastadas pelo tempo.
nao consigo entender…